terça-feira, 7 de abril de 2009

Nos afogando no seco


Como é bom nadar. Dar braçadas, mergulhos, pernadas, brincar de cuspir água no rosto do outro, jogar água no olho da sua amiga e depois fugir, boiar e ficar olhando para o azul do céu, se bronzeando na mais pura e transparente água. Isso é sempre a "moleza" da vida. Não existe uma pessoa sequer que não curta esse tipo de atividade prazerosa. Só mesmo um maluco, claro. Quem não curte, um dia ensolarado, numa piscina/praia maravilhosa, uma sensação indescritível. Sentir a água bater na sua pele, a areia roçar na sua sola do pé, te fazendo sentir leves cosquinhas gostosas.

Mas seria a mesma coisa, se estivesse num tempo horrível? Se estivesse chovendo, um temporal, com raios, relâmpagos, tempestades? Sim, relativamente e literalmente não seria a mesma coisa. Pense comigo: entrar em um mar-piscininha, podendo até mesmo ver cardumes em sua volta, te fazendo cosquinha nas pernas, poder ver o fundo de tão clarinha e limpinha que a água está, poder mergulhar na hora que te achar confortante, brincar de dar cambalhotas. Agora compare: um mar torduoso, com muitas ondas, escuro, com a correnteza te levando a cada vez mais fundo e mais fundo. Se você não tiver força para lutar contra ela, já era, meu amigo. Se não nadardes até a beira, para conseguir pisar em terra firme, não vai conseguir sair mesmo dali.

É exatamente assim que é o formato da sua, da minha, da nossa vida. Quando estamos numa piscina rasa, tranquila, brincando, está tudo tranquilo. Nada que aconteça vai te prejudicar, vai te abalar, porque você está bem, relaxado. Agora, quando a tempestade ataca, não se tem muito o que fazer. Às vezes, assim como eu, você, todos nós, ficamos perdidos, sem saber pra onde andar, pra onde olhar, por quem seguir, como agir. Totalmente perdidos, completos patetões. E nós não vimos que a solução da tempestade está bem diante de nosso nariz.

O tempo que nós perdemos, tentando pensar em uma solução para aquele mar atordoado, esse tempo que nós ficamos nos lamentando e dizendo que nada mais pode parar aquelas ondas e tribulações, estaramos já nos afogando no seco. Depois que nos afogarmos, nada mais terá volta. Aquelas ondas que poderiam se acalmar, toda aquela confusão de gotículas de água e partículas de ar nos sufocando, nos endurecendo, nos deixando com medo, com frio, sem abrigo, nos afogando, poderia muito bem ser apenas uma leve alteração de fluência da água. Apenas um obstáculo que quando se pula, ele vai embora. 

A questão é: quando nós pararmos de nos preocupar com essas coisas banais, esses pequenos obstáculos inúteis que nos perseguem durante nossa vida; quando nós pararmos e vermos que a solução desse insolúvel problema está dentro de nós, tudo acaba. Tudo começa a ser muito mais fácil. Tudo começa quando a solução começa dentro de nós. Não espere que o teu problema seja resolvido num piscar de olhos, num passe de mágica. Não. Se você não agir, nada sai do lugar. 

Nós somos capazes de entender isso. Somos muito capazes de ser felizes e compreender que os problemas da vida são apenas obstáculos, como em uma corrida de obstáculos. A sua vida não vai ser sempre perfeita, sem problemas. Não. Sua vida vai sim ter MUITOS problemas para ser resolvidos. Mas isso não quer dizer que quando aparecer um mais difícil de solucionar, você tenha que desistir. Seja forte. Enfrente de frente, aguente firme. Depois de tudo isso, você terá sim muitas recompensas por um esforço adimissível. Você terá como uma vitória, uma lição de vida. 

Quando você descobrir isso, vai descobrir o real significado e a melhor maneira de viver.

Um comentário:

Marina Nunes disse...

Amigaa ,lindo o textoo..vc escrev tão bemm..
vc sabe q eu to passando por problemas né? mas eu sei q esse problemas só irão me fortalecer,como JÁ ESTÃO fortalecendo

TE AMOO